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Credopedia Nem todos os pecado são iguais 

Credopedia

Nem todos os pecado são iguais 

A Clara pergunta: O que é um ‘pecado grave’, e porque é que também se chama ‘pecado mortal’? O que destingue o ‘pecado ligeiro’ do ‘pecado grave’?

De onde falta amor brotam os ciúmes, a inveja, a cobiça… ou seja: o pecado. Neste texto vais descobrir exactamente o que é o pecado, e também o que ele não é, bem como caminhos que nos ajudam a sair do pecado.

minutos de leitura | Stani Mičkovicová

O pecado é a raíz de todo o mal

Quem peca não só se magoa a si mesmo, como também, inevitavelmente, magoa os outros. O pecado, até o mais oculto, tem sempre uma dimensão social. Onde há pecado sofrem não só os humanos, mas também a Netureza e todo o planeta. Por mais exagerado que possa parecer, a maior ameaça para a Humanidade não são as guerras, nem as doenças, nem os desastres naturais. A maior ameaça é o pecado sem arrependimento, porque o pecado é a raiz de todo o mal. Cria desordem e desgraça, que podem assumir diversas formas. Daqui se compreende que nunca é Deus quem castiga as pessoas, é o próprio pecado que nos “castiga”. O meu pecado, e o pecado do outro.

Que tipos de pecado existem?

O pecado não se cinge àquilo que pensamos ou fazemos mal. Há também pecados de omissão, como se menciona por exemplo na parábola do Bom Samaritano. Esta parábola fala de pessoas que passam ao largo de um ferido e não fazem nada. Este ‘não fazer’ é o seu pecado, porque podiam e deviam ter feito alguma coisa. Depois existem os ‘pecados de hábito’, que se cometem uma ou outra vez, levando no limite à adição. Há também os pecados de pensamento, que geralmente não são levados a cabo, mas que nos habitam. E quem sabe o que faríamos, sendo-nos dada a oportunidade… Além disso, o Catecismo da Igreja Católica menciona os sete pecados capitais: soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula, e preguiça. Chamam-se ‘capitais’ (vem de capita, que significa ‘cabeça’ em latim) porque conduzem a outros pecados. Por exemplo, alguém que se alcooliza (pecado da gula), e mata outra pessoa porque estava naquele estado

Pecado venial versus pecado mortal

Nem todos os pecados são iguais. O Catecismo faz a distinção entre pecado venial e pecado grave. Os pecados veniais são aqueles pecados ‘menores’ que cometemos por descuido, na rotina diária, e que ‘debilitam’ o nosso amor. Estes também se devem evitar e confessar, há sempre o perigo de que se convertam num hábito, o que pode eventualmente levar a um pecado mais grave. O pecado grave também pode ser chamado de pecado mortal, pois tem a ‘morte’ como consequência: acaba por ir matando a vida divina que habita a nossa alma.

Que pecados se devem confessar?

“Pecado Mortal…!”. Soa a uma coisa muito séria! Mas afinal o que é o pecado mortal? Um pecado mortal é aquilo que fazemos e que vai contra a alguém, contra nós próprios, e em última instância, contra Deus. Por isso, um pecado grave requer uma reparação terrena para com Deus através do Sacramento da Reconciliação. Todos os pecados graves que ainda não tenham sido confessados e dos quais tenhamos consciência devem ser levados a Confissão.

Um pecado só é considerado mortal quando se cumprem simultaneamente estas três condições:
Conhecimento: O pecador deve estar plenamente consciente da falsidade da sua ação. No entanto, a cegueira culpável perante os factos não o exime.
Vontade: O pecado deve ser cometido com plena intenção e consciência, sendo o pecador consciente de que poderia resistir à tentação.
Importância: O pecado deve ser grave (matéria grave): trata-se de uma grave transgressão da ordem divina.

O Céu começa no teu coração

Quanto mais nos aproximamos de Deus, mais claro se torna o quanto precisamos do Seu perdão. É importante lembrar que mediante a reconciliação podemos contribuir para um mundo mais bonito. Porque o Céu começa no teu coração cada vez que dizes ‘não’ ao pecado. Aquilo que o mundo é também depende de ti!

 

Um espelho de confissão para ti