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Credopedia Deus existe. É possível encontrá-lo. 

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Deus existe. É possível encontrá-lo. 

Em que é que as pessoas acreditam quando não acreditam em Deus? O escritor e jornalista britânico G.K. Chesterton (1874-1936) escreveu: “Quando os homens escolhem não acreditar em Deus, não é que não creiam em nada, é que se tornam suscetíveis a acreditar no que quer que seja”. Há numerosas ideologias e mundividências filosóficas: astrologia, magia, bruxaria, e muitas outras crenças a que as pessoas dedicam a sua fé. Mas também há a crença no único Deus pessoal. Naquele que se fez Homem e que está muito mais próximo de nós do que aquilo que achamos possível.

minutos de leitura | Stani Mičkovicová

A questão da (verdadeira) religião

O ser humano busca, desde sempre, a felicidade, a plenitude, a verdade e a transcendência. "A literatura, a música, a pintura, a escultura, a arquitectura e outras realizações da sua inteligência criadora tornaram-se canais de que ele se serviu para exprimir esta sua ansiosa procura”, escreveu o Papa João Paulo II na sua encíclica Fides et Ratio (III,24). Quer tenha consciência disso ou não, quem o homem procura no mais profundo do seu coração é o próprio Deus, o seu criador. Deus? Mas Deus existe? E se existe, que deus é o verdadeiro Deus? É sequer possível encontrar o “verdadeiro” Deus no meio de tantas religiões?

Cada comunidade religiosa proclama ser a verdadeira maneira de chegar a Deus, e cada uma tem as suas ideias sobre a Sua existência. Além disso, é de lembrar que o sítio e a cultura onde cada um nasce influenciam significativamente as crenças individuais. Isto que dizer que nascemos condicionados a uma fé? Quem nasceu na Europa, por exemplo, é mais provável que se torne cristão, quem nasceu em Marrocos mais provavelmente será muçulmano, assim como um tailandês terá mais propensão para professar o budismo. Porém, é também verdade que existe um só Deus.

Eu sou o Caminho, a Verdade, e a Vida

Pessoas de diferentes religiões podem enriquecer-se umas às outras se se tratarem com respeito e humildade. O reconhecimento mútuo amplia a nossa mundividência e contribui para uma sociedade pacífica. Mas isto não que dizer que nós, cristãos, não possamos manifestar a nossa Fé e defender com coragem as nossas convicções. Mas porque será o Cristianismo em específico a religião mais verdadeira? Há sequer uma verdade absoluta e universal? Sim, porque: “Por si mesma qualquer verdade, mesmo parcial, se realmente é verdade, apresenta-se como universal e absoluta. Aquilo que é verdadeiro deve ser verdadeiro sempre e para todos”. (Fides et Ratio III,27)

Jesus Cristo é o Messias há muito aguardado por Israel. Séculos antes da sua vinda, os profetas já haviam previsto Cristo. Os grandes fundadores das principais religiões, como Buddha, Confício ou Mohammed, não parecem ter nenhuma tradição religiosa que lhes anteceda. Não houve profetas que os anunciassem. Por outro lado, os cristãos vêem em Jesus Cristo o cumprimento das profecias do Antigo Testamento acerca do Messias. Cristo não se limita a proclamar a verdade, Ele identifica-se integralmente como A Verdade: “Eu sou o Caminho, a Verdade, e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14, 6). Se o que Jesus diz é verdade, então vale a pena conhecer este caminho!

O que distingue o Cristianismo das outras religiões?

No Cristianismo a relação pessoal com Jesus Cristo é fundamental.Nele, o próprio Deus veio ao mundo. Em Jesus, o Deus invisível tornou-se visível. Ele fez-se humano, igual a nós. O filósofo alemão Friedrich Hegel entendeu o Cristianismo como a “religião da liberdade”, na qual o homem tem um valor inestimável aos olhos de Deus, e em que Deus lhe aparece como aquilo que é familiar, como a Verdade.

Os cristãos não se permitem determinar por energias cósmicas, pois sabem que nas mãos de um Deus pessoal estão seguros. A Bíblia proclama a Boa Nova do Deus encarnado. Deus, que se tornou criança, que se deixou crucificar pelos nossos pecados, que até permitiu que ele próprio se transformasse num pedaço de pão no Sacramento da Eucaristia, apenas para que O pudéssemos encontrar e viver em comunhão com Ele. Foi este o Deus que inventou a Eucaristia para que pudesse ficar sempre junto de nós – o mais junto possível: na carne, no sentido mais pleno da palavra.

Escolhe Deus. Vale a pena

Blaise Pascal, um matemático, físico e filósofo francês do séc. XVII, era convictamente católico. Em “Pensamentos”, tentou demonstrar que a crença em Deus é uma hipótese razoável. Argumenta assim: “Se no fim da minha vida se se confirma que Deus existe, então espera-me a felicidade eterna. É a recompensa por ter acreditado em Deus sem ter tido provas. Se afinal não houver Deus, então não ganhei nada, mas também não perdi nada. Não é, então, melhor acreditar em Deus? E agora vamos considerar a outra hipótese: se no fim de contas tu estavas certo e Deus não existe mesmo, o que ganhas com isso? Nada. Mas se estiveres errado e Deus existir, então vais ter um problema: Vai perguntar-te porque não acreditaste n’Ele. E isso vai constranger-te. Por isso, é melhor acreditar que Deus existe, porque se for verdade ficas ganhar infinitamente. Mas se não for verdade, não perdeste nada.”

Que argumento interessante! E tu? Acreditas que Deus existe? Que te ama? Que te quer conhecer?